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domingo, 5 de fevereiro de 2012

VI Exame Unificado da OAB

Aconteceu neste domingo (5) a primeira fase do VI Exame Unificado da OAB. E como em todo exame acontece algum problema, neste não poderia ser diferente. Dessa vez foi uma queda de energia que suspendeu a prova de aproximadamente 600 alunos em Duque de Caxias. De acordo com alguns candidatos, a falta de luz aconteceu pouco tempo depois de iniciada a prova. Posteriormente, os fiscais solicitaram que as salas fossem esvaziadas e os bacharéis tiveram que esperar até que uma decisão fosse tomada. Enquanto isso, candidatos portando celulares (foto do pátio da escola Futuro Vip)  ligam para "Deus e o mundo", inclusive para a polícia, que foi chamada ao local. Como se não bastasse, após a decisão de cancelamento da prova destes alunos, alguns candidatos saíram portando o caderno de prova, muito antes das 19hs (horário permitido no edital para que o examinando leve consigo o caderno de provas). - Examinandos saem do local de prova portando caderno de prova antes do permitido no edital

Em virtude disso, o presidente da OAB, Ophir Cavalcante declarou ao portal G1 (queda de luz interrompe exame da OAB em Duque de Caxias, no RJ) que  "foi um acontecimento fortuito, que não implicará em prejuízos para os candidatos. Vamos nos reunir com a FGV Projetos nesta segunda e encontrar a melhor solução para o caso". Acredito que os candidatos não serão muito prejudicados. Provavelmente a OAB designará outra data para que estes alunos realizem o exame a tempo de fazerem a segunda fase, que acontece no dia 25/03.

Em relação à prova, considero que foi justa. Cansativa, com enunciados longos, mas o nível de dificuldade foi compatível com o mínimo necessário para exercer a advocacia. As questões foram clássicas, com poucas "pegadinhas". Aparentemente apenas uma questão de Direito Civil é passível de anulação. Muitos dizem que o exame da OAB é difícil. Mas é pra ser difícil. Claro, dentro de um nível razoável, compatível com um recém-formado em Direito. Dizem também que o exame da OAB é mais difícil do que muitos concursos. Concordo parcialmente com isso. Analisando as questões isoladamente, poderia sim se afirmar que esta prova é mais difícil do que muitos concursos. Todavia, para ser aprovado na OAB, é necessário apenas acertar 50% das questões, o que não acontece nos concursos.


É claro que o estado emocional conta muito nessas horas. Analisar as questões em casa, sem pressão é muito mais fácil do que sentar na cadeira, com toda aquela pressão psicológica, com o tempo passando, fora todas as adversidades. Por isso eu digo que tão importante como estudar, é saber controlar o estado emocional.

Sábado passado, dia 4, o Jornal Hoje, da Rede Globo exibiu uma reportagem acerca do exame da OAB. Candidatos foram entrevistados, e a dificuldade da prova foi enfatizada. O engraçado foi ver a apresentadora do jornal dizendo que no exame passado, o índice de reprovação chegou a 75%, como se isso fosse um número absurdo - vídeo da notícia no Jornal Hoje. No entanto, o V Exame de Ordem Unificado foi recorde de aprovação. Ao contrário do que aconteceu no III Exame de Ordem Unificado (2010.3), cujo índice de reprovação chegou a 89%!

O que vai acontecer? Alguns candidatos serão aprovados. Muitos não serão. E isso é só a primeira fase. Passar na primeira e não passar na segunda não adianta. Em razão disso, os aprovados nesta prova de domingo devem comemorar sim, mas só até segunda-feira. Depois, é estudar, estudar e estudar. Passar o carnaval estudando muito. Porque eles saíram do inferno, mas ainda estão no purgatório. O céu está logo ali, mas não se chega até ele facilmente... Já os que não se deram bem nessa primeira etapa, nada de desânimo. É cair, mas logo em seguida se levantar. É hora de se perguntar onde está o erro. O porquê de não obter o resultado desejado. Colocar a culpa na OAB e na FGV não adianta. Ao contrário, tira o foco do que realmente deve ser corrigido. Não há segredos, não há atalhos. A "fórmula secreta" chama-se: estudo.

Parabéns aos aprovados! Mas cuidado! Vocês ainda estão na metade do caminho.

Marina Quaglio

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